Nódulos e Tumores do Rim. O que Fazer?

O que é o Câncer de Rim?

 

Os rins também podem ser acometidos por neoplasias e, especificamente nesses órgãos, elas podem simular um número expressivo de outras doenças, o que torna o seu diagnóstico desafiador em muitos pacientes. No caso dos rins, cerca de 90% dos tumores são classificados como Carcinoma de Células Renais (CCR) e dentre os CCR, existem ao menos 5 subtipos definidos.

Atualmente, o câncer de rim atinge 4 a cada 100mil habitantes, e grande número dos pacientes recebe o diagnóstico em estágio muito precoce, em geral após a realização de exames de imagem para investigação de problemas não relacionados ou em estudos de check-up.

Os tumores renais malignos precisam ser tratados cirurgicamente para sua cura definitiva. Apesar de pequenos tumores poderem ser seguidos sem tratamento, não existe cura nem mesmo medidas paliativas, tais como rádio ou quimioterapia, pois os tumores renais são resistentes a essas modalidades de tratamento. Esperança tem sido crescente com o desenvolvimento de novas drogas para um tratamento chamado Imunoterapia.

 

 

Quais os sintomas

 

Atualmente apenas 5% a 10% dos pacientes apresentam sintomas no momento do diagnóstico, ou seja, a maior parte dos pacientes possui tumores em fase inicial que não revelam qualquer manifestação. Nos pacientes com tumores maiores ou naqueles em que o tumor atinge o sistema de drenagem da urina, podem surgir os seguintes sintomas:

  1. Hematúria: sangramento na urina
  2. Caquexia: perda de peso
  3. Massa palpável: quando torna-se possível sentir a tumoração ao examinarmos o paciente
  4. Dor no Flanco: dor na região do rim doente
  5. Febre
  6. Hipertensão

 

 

Como é feito o diagnóstico

 

Em geral o diagnóstico é feito através de exame de ultrassonografia, que pode inicialmente ter sido solicitado por outros motivos. Quando esse exame revela qualquer tumoração renal, os médicos complementam a investigação com exames de Tomografia Computadorizada ou Ressonância Nuclear Magnética: lesões malignas possuem muitos vasos sanguíneos e por isso “brilham” nesses estudos.

 

Caso uma lesão brilhe pouco ou não brilhe, receberá o diagnóstico de tumor benigno, devendo ser apenas acompanhada ao longo do tempo. Isso acontece no caso dos cistos renais, dos angiomiolipomas e de outras condições benignas menos frequentes.

 

Quando a Tomografia ou Ressonância revelam câncer, ainda é necessário verificarmos cuidadosamente o tamanho das lesões. Muitos tumores pequenos podem não demandar tratamento de qualquer espécie, já que não se espalham para outros órgãos.

 

 

Principais causas

 

Como é frequente em outras situações, as causas para o surgimento das lesões renais malignas não são totalmente esclarecidas. Existem condições genéticas raras que podem predispor membros de uma mesma família. Contudo, para a maioria das pessoas, são condições mais comuns que podem contribuir para o surgimento de tumores renais malignos:

 

  1. Obesidade
  2. Hipertensão
  3. Tabagismo
  4. Pacientes em Hemodiálise por insuficiência renal (Risco 30x maior)

 

 

 

Tratamento

 

A base do tratamento dos tumores malignos do rim é a ressecção cirúrgica, que é indicada para estágios iniciais, intermediários e muitas vezes quando a doença já atingiu outros órgãos (metástases). Tal tratamento cirúrgico pode ser feito com retirada completa do rim, ou, preferencialmente, com ressecções parciais que preservem parte do rim.

A ressecção parcial preserva o tecido renal e contribui em muito para o não surgimento de insuficiência renal ao longo da vida dos pacientes. A realização das ressecções parciais depende essencialmente do tamanho do tumor e de sua relação com o próprio rim. Tumores com até 4 cm podem ser retirados com cirurgia preservadora em um grande número de casos. Tumores com até 7 cm podem ser ressecados sem retirada completa do rim, em casos específicos.

Dentre as modalidades de tratamento operatório, consideram-se como condutas seguras:

 

  1. Procedimentos laparoscópicos para retiradas completas ou parciais do rim
  2. Procedimentos abertos para ressecções parciais do rim
  3. Procedimentos abertos para tumores muito grandes ou complicados.
  4. Crioterapia por punção guiada por tomografia.

 

Existem, atualmente, técnicas de ablação térmica (crioterapia ou radiofrequência) que devem ser reservados para tumores com até 3 cm em pacientes pouco aptos para ressecção completa operatória. Se for necessário, tumores com até 2 cm podem ser seguidos ao longo do tempo sem tratamento.

 

 

Tratamentos Alternativos

 

Os únicos tratamentos alternativos consistem nas técnicas de ablação térmica, com vantagem para a crioablação

 

 

Como se prevenir

 

Evitar o fumo, não engordar e evitar exposição a substâncias carcinogênicas presentes em tinturas e em produtos utilizados para produção de couro, constituem as melhores maneiras para se evitar o câncer renal.

 

 

O que você deve perguntar ao seu medico

 

  1. Qual o estágio da minha doença?
  2. Quais as opções de tratamento para esse estágio?
  3. É possível priorizar a preservação de parte do rim com esse tratamento?

 

 

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